quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Emoções pela estrada













O Primeiro Pernoite
O primeiro pernoite aconteceu em Realeza
Banho,janta as crianças com a corda toda,parecia que tinham acabado de começar a viagem.
Só nos dois estavam cansados.
No dia seguinte continuamos a viajem.
A mesma animação .
O pernoite seguinte foi em Vitória da Conquista .
O ritual foi o mesmo,banho .janta e o sono reparador se não fosse uma das meninas ter ficado trancada no banheiro,porque a porta enguiçou.
Chamado o gerente, sanada a situação,fomos dormir.
Mas não foi por muito tempo,o calor era sufocante.Não havia ar refrigerado e o ventilador não dava conta do recado .
As crianças menores começaram a chorar
Quatro horas resolvemos levantar acampamento .

Pago o hotel,as crianças no carro,lá fomos nós .
Enquanto estávamos na cidade havia alguma claridade;mas quando pegamos a estrada, parecia que havíamos mergulhado em uma nuvem de BREU...
Só se via mesmo o facho de luz do nosso farol.
Pior é que não haviam postos de gasolina ..luzes de casas... nada...
As crianças dormiam, e nós dois !..que medo!
Naquele tempo a BR 116 já era uma estrada asfaltada porem era um local quase na totalidade ermo .
Foram quilômetros e mais quilômetros sem se enxergar uma luz sequer . Mas não podíamos parar porque não sabíamos aonde estávamos...sufoco ! .
Lá pelas tantas apareceu o brilho de um farol atrás de nós . Ultrapassou-nos...
Era um ônibus...
Pensamos: - vamos atrás dele ,porque aonde ele for nós poderemos ir...
E lá fomos... Vai... vai... vai...
O ônibus começou a aumentar a velocidade...e nós atrás
Derrepente o ônibus sumiu: Nossa !... Que houve?
O ônibus não sumiu !...
Era uma curva fechadíssima,e tivemos que acompanhá-lo ,porque na velocidade que íamos frear significaria , capotar.
Diminuímos a velocidade aos poucos.
O Ônibus simplesmente desapareceu na escuridão da noite .
Agradecemos a Deus aquela Graça (foi mesmo um milagre)
Olhamos a nossa fortuna que estava dormindo tranqüilamente e... com o coração nas mãos seguimos agora bem mais devagar,nos prometendo não mais repetir aquela loucura .
Como custou a clarear aquela madrugada !
Mas quando o dia clareou ...que maravilha!
O horizonte desenhou-se cor de rosa .Para mim poucas coisas se igualaram aquela cena que presenciei .
Acostumada a viver no Rio uma cidade basicamente de montanhas, deslumbrei-me com a estrada perdendo-se num horizonte que se confundia com o céu .
A partir daí o caminho tornou-se uma estrada sem fim ,com terras de um lado e do outro,com plantações ou não !
.
Poucos animais
Poucas plantações,gente nem se via,estavam lá talvez, mas talvez invisiveis.
Quando passávamos nos vilarejos,comíamos em pequenas pensões, e nos abastecíamos de água ,combustível e do que mais fosse preciso .
Na Baia conheci uma frutinha muito cotada por lá ( o umbu ) ,tinha muito a vender pelas estradas mas as crianças não se adaptaram ao sabor
Nas estradas tinha um pouco de pessoas vendendo Pássaros e animais silvestres ,agora o Ibama breca todas essas atividades,felizmente.
Em Juazeiro da Baia atravessamos a ponte do Rio São Francisco ,do outro lado do rio é a cidade de Petrolina aonde vimos o asteamento da bandeira num pólo naquela época ainda experimental de irrigação ,no qual tinha muita melancia ,compramos e as crianças se deliciaram e melaram todo o carro com o caldo que descia das mesmas.O carro andando porque se parássemos perderíamos muito tempo .
 
 
Depois voltamos ao litoral passamos por Sergipe , Alagoas . Mas para não nos alongarmos demais não entramos nas cidades.
Em Recife entramos na capital ,passamos por Olinda .
Em Natal passamos pela capital e nos dirigimos para Mossoró.
A partir daí as crianças
já estavam ansiosas para chegar ao Ceará.

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