sábado, 12 de março de 2011

Sobre o amôr eterno













Sobre o amor Eterno

Dia destes fazendo uma limpeza em meus livros deparei com um papel copiado por mim em letra quase infantil,e que continha um Poema de autoria de Elizabeth Barret que era considerado o mais belo escrito por uma mulher em língua inglesa
Eu na ocasião em que guardei essa jóia da literatura deveria ter no máximo uns15 ou 16 anos .
Relendo nesse momento o soneto a tanto tempo guardado,voltei a sentir o quanto de beleza possuía aquela obra . Fato esse que deve ter me levado a copiá-lo e guardá-lo a tantos anos atraz.
Por esse mesmo motivo resolvi pesquisar sobre essa mulher tão importante
Para literatura contemporânea


O Poema que me levou a este post é (o de número 43) é considerado o mais belo escrito por uma mulher em língua inglesa:
Amo-te quanto em largo, alto e profundo/Minh'alma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.
Amo-te em cada dia, hora e segundo:
A luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.
Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos comrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte
.Amo-te até nas coisas mais pequenas
.Por toda a vida. E, assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei depois da morte.
Tradução de 
Manuel Bandeira.
 
Relendo nesse momento o soneto,voltei a sentir o quanto de beleza possuía aquela obra . Fato esse que deve ter me levado a copiá-lo e guardá-lo por tantos anos .
Por esse mesmo motivo resolvi pesquisar sobre essa mulher tão importante
Para literatura contemporânea
 
Dados extraídos do site
Uma historia de amor
http://www.calendario.cnt.br/amor/AMOR.htm
 
Elizabeth Barret Nascida em (Kelloe, Durham, 6 de Março de 1806 
Autora de Sonetos Reunião de poemas românticos — sua própria história de amor com o marido, o também poeta Robert Browning. Um destes poemas (o de número 43) é considerado o mais belo escrito por uma mulher em língua inglesa:
Resumo desta linda historia de amor
Elizabeth Barret -----Robert Brownig
 
Consta que Elizabeth teve uma infância relativamente feliz; brincava muito, principalmente com o mais velho dos seus irmãos; complementando os estudos regulares, lia com denodo, com aprendizado dos idiomas grego e francês e escrevia tragédias em verso.
Infelizmente, com a idade precoce de quinze anos, motivado por uma tosse violenta e uma grave lesão nas costas, lesionou quase que irreversivelmente a espinha dorsal e, o pior, afetou sensivelmente os pulmões.
Não bastando isso, perde a mãe; depois de quatro anos, seu pai vende a casa e, depois de um período de sofrimento, finalmente adquire a casa de Wimpole Street, local em que a já frágil saúde de Elizabeth se debilitou ainda mais, fazendo com que praticamente se isolasse do mundo exterior.
 
Naquele dia de 1845, extremamente frio, posicionada em seu sofá favorito, no segundo andar da casa de Wimpole Street, já acostumada a receber um volume considerável de
correspondência, Elizabeth mudou de uma forma abrupta o seu já tradicional comportamento; quando uma carta mais ousada insinuava algo que saísse do essencialmente restrito espectro da poesia, sem titubear, tinha um endereço certo: a incineração.
Num procedimento inusitado, depois de abrir e conferir as correspondências, num gesto delicado, separou uma delas ternamente
A carta escrita por Robert continha esses dizeres:
"Amo os seus versos com todo o meu coração. Amo estes livros e amo-a a si também. Sabe que uma vez estive quase a conhecê-la pessoalmente? Uma manhã, o senhor Kenion perguntou-me: "Gostaria que eu o apresentasse a Miss Barret? "E foi anunciar-me, mas pouco depois voltou dizendo que a senhora não se sentia bem e assim regressei a casa. Será que nunca a conseguirei ver? De qualquer maneira, quero dizer-lhe que era necessário que os seus poemas fossem escritos para que tão grande alegria e tão sincera satisfação despertassem no seu devoto admirador Robert Browning."
 
 
Robert Browning:-  Robert, convivia em um lar cujos pais benevolentes, irmã prestimosa, em uma casa muito agradável, localizada em Camberwell, propiciavam-lhe tempo de sobra para se dedicar e escrever poesias. Possuidor de vasta cultura, proveniente dos inúmeros livros que lera, e, logicamente, dos ensinamentos de seu pai, um verdadeiro intelectual, com proficiência nas literaturas, espanhola, francesa, grega e italiana. Por suas vez, contrastando com Elizabeth, pela sua versatilidade, cultura e boa aparência, Robert extrapolava dos seus limites domésticos, participando ativamente do mundo elegante e distinto da época. Num cargo público, secretariando um diplomata de carreira, viajou duas vezes a Rússia e, também duas vezes na Itália, cujo país, aliás, considerava como a sua segunda pátria
 
 
FINALMENTE O ESPERADO ENCONTRO
Numa terça feira da segunda quinzena de maio, Robert adentra pelo número cinqüenta de Wimpole Street, dirigindo-se ofegante ao local em que Elizabeth se encontrava. Como que para sacramentar esse primeiro encontro, a poetisa escreveu:
"Desde que chegaste foi como se fosse para sempre."
A partir daí iniciou-se uma linda história de amor que varou os séculos chegando até nós.
 
Numa manhã de sábado, mais precisamente em 12 de setembro de 1846, Elizabeth acompanhada da fiel criada, cujo pretexto foi o de visitar uma amiga, vai ao encontro do seu amado.
Precavendo-se, pois sentia ainda uma grande fraqueza, comprou em uma farmácia um remédio que de alguma maneira evitou que ela simplesmente desmaiasse; não sem muito esforço, Elizabeth conseguiu chegar a Igreja onde Robert, juntamente com um primo, esperava ansiosamente. De forma discreta, finalmente o casamento concretizou-se.
Embora feliz , porém emocionalmente tensa e esgotada fisicamente, a poetisa teve que adiar a fuga que tinham planejado, e por precaução, Elizabeth regressou a casa na companhia da criada, adiando a fuga por mais uns dias.
A FUGA
Exatamente uma semana após o enlace matrimonial, no dia 19 de setembro de 1846, também um sábado, o sinal verde para que fugisse foi dado. Assim, Elizabeth, sua fiel criada, e até oseu cachorro Flusx deixaram definitivamente para trás àquela que teria sido uma verdadeira prisão, a casa de Wimpole Street, 50.
No plano de fuga antecipadamente planejado foi previsto, e isso realmente se concretizou, uma escalada intermediária iniciada na estação de Nine Elmes, perto de Vauxhall, por trem, com destino à tão sonhada felicidade.
ANOS FELIZES
Como nos finais dos velhos contos, Robert e Elizabeth viveram felizes por muitos anos. Cidades como Florença, Paris, Pisa e Roma, eram rotas obrigatórias, desfrutando das belezas naturais, do clima, dos amigos, e logicamente da poesia que além de outras afinidades, unia os dois.
Elizabeth, radiante e feliz, sentia-se muito bem de saúde, e para coroar a felicidade definitiva daquela união, em 1849, na Primavera, deu à luz um menino.
 
O DESENLACE
Na cidade de Florença, numa tarde de junho, acometida de um repentino e inesperado ataque de bronquite, imediatamente assistida pelo seu médico, nos braços de Robert, a poetisa faleceu.
Num relato comovente, escrito pelo poeta tempos depois afirmou
 
"Sempre sorrindo e com uma expressão de felicidade no seu rosto de menina, faleceu, em poucos minutos, com a cabeça apoiada na minha face".
:
 
 
Diante de um relato tão significativo ,como o deste amor
Eu na minha mania de questionar me pergunto;
-Será que se esse amor tivesse durado 20,30,40, anos teria permanecido tão intenso?
Sabendo eu que , o amor paixão e um fato( biologicamente comprovado),que tem a duração de 3 a 4 anos,atendendo principalmente a perpetuação da espécie ,e que o restante de uma união é conquistada pelo casal durante a vida em comum?
Tendo durante essa minha longa vida ,acompanhado as experiências de casais contemporâneas (que não pela falta do amor),atravessaram fases de chuvas e trovoadas,principalmente ,quando um dos dois ou os dois,se vê acometido por um mal cruel ,que é o alzaymer, a esclerose ou sei lá mais o que?
Prefiro em ultima esperança,ficar com as palavra sábias do poeta
Vinicius de morais
Que não seja imortal, posto que é chama.
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicius de Moraes

Alcione X N B S